Ruben Hilgeman, da Holanda, cresceu não acreditando em Deus. O ateu foi diagnosticado com TDAH na infância. Segundo os especialistas, ele nunca seria capaz de levar uma vida normal na sociedade.
Aos 5 anos, Rubem foi expulso da escola primária por não conseguir acompanhar o ensino. “Sempre me disseram que eu não funcionava nos lugares que frequentava e que era incapaz de participar da sociedade. É por isso que comecei a me afastar e criar meu próprio mundo no qual eu era desejado”, contou ele, ao Revive.
A fim de o acalmar, o menino passou a tomar medicamentos pesados. “Eu estava completamente cheio de Ritalina e depois também de outros medicamentos. Mas principalmente isso me deixou muito triste”, revelou.
Com 13 anos, Rubem começou a fumar maconha e se envolveu com más companhias em uma escola para adolescentes problemáticos.
“Me senti realmente calmo pela primeira vez. Também pertenci a um grupo pela primeira vez porque fumava como eles”, lembrou o holandês.
E explicou: “Eram crianças com problemas e que se sentiam rechaçadas pela sociedade. Eles não nos aceitavam, então aterrorizávamos a sociedade. Naquela época, eu estava mais drogado do que sóbrio”.
Evangelizado por colega cristão
Mesmo conseguindo um pouco de paz na droga, o jovem sentia pânico e vazio. “Não sabia o que tinha dentro de mim, o que poderia fazer ou o que queria ser. Sempre me senti incapaz de fazer qualquer coisa”, confessou.
Ruben foi considerado incapaz de trabalhar e recebeu um benefício de saúde. Porém, foi incentivado por seu mentor a buscar um emprego.
Então, o jovem começou a trabalhar como pintor com um homem. “Eu estava realmente confuso, desnorteado com o mundo e comigo mesmo. No entanto, o pintor disse, desde o primeiro momento, que acreditava em mim como pessoa. Havia algo sobre aquele homem. Ele tinha algo que eu não tinha”, relatou.
“Logo descobri que ele era cristão. Ele havia passado por muitas coisas e contava como Deus havia mudado sua vida. A caminho de um trabalho, passamos por uma grande faixa onde se lia ‘Jesus vive’. O pintor perguntou ‘Você acredita nisso?’. Respondi que não cria”.
Entretanto, a pergunta do cristão ficou na mente de Rubem pelos dias seguintes e o fez questionar: “E se for verdade? E se houver um Deus que pode salvar minha vida?”.
“O poder de Deus caiu sobre mim”
Até que, certo dia, o pintor cristão o convidou para um churrasco da igreja e Rubem aceitou, achando que não teria que participar de um culto. Mas, após o evento, a congregação realizou uma celebração no templo.
Rubem pensou em fugir, mas ficou constrangido e permaneceu. “O culto começou com adoração. Então o poder de Deus caiu sobre mim. Comecei a chorar muito e senti todos os fardos caírem de mim”, contou.
“Foi por isso que saí correndo da igreja. O pintor correu atrás de mim e disse: ‘Eu avisei, Ele realmente te ama!’”.
Naquele mesmo momento, o jovem foi libertado do vício em maconha e álcool. “Eu estava espiritualmente livre do medo e do pânico”, testemunhou Hilgeman.
“Tive que aprender a dar mais espaço à liberdade espiritual que recebi e a romper padrões. Para isso, um grupo de cristãos me ajudou a aprender a ver o que era certo e onde os erros eram cometidos”, explicou.
Hoje, com 31 anos, o ex-viciado é casado e tem dois filhos, e atua no evangelismo e no aconselhamento de jovens com TDAH e autismo.