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Roger Mendes cresceu na igreja como filho de pastor. Na época de escolher qual curso prestaria vestibular, surgiu um desejo em seu coração de curar Medicina.
Com muito esforço, Roger ingressou na faculdade aos 21 anos, em 2007. O jovem se mudou para o Rio de Janeiro para estudar na UFRJ e passou a morar em uma república.
“Quando eu entrei no curso, eu me deparei com professores, com um ambiente bastante ateu, onde a fé não fazia parte do discurso e nem bem visto em nenhuma discussão”, lembrou o médico, em entrevista ao programa Prova Viva, da Rede Super de Televisão.
E acrescentou: “Inclusive, ao longo da faculdade, eu vi que existia muito embate entre os médicos com as crenças dos familiares, principalmente evangélicos. Ainda há muito preconceito”.
Questionando milagres
Com o passar do tempo, influenciado pelo ambiente, o estudante se tornou cético em relação à cura divina, mesmo ainda crendo na existência de Deus.
“Eu comecei a questionar muitos milagres que as pessoas diziam que aconteciam. Eu falava: ‘Não existe milagre, existe tratamento e uma cura. Esses milagres foram tratamentos que deram certo’. Eu questionava se entre os evangélicos não havia um certo exagero na busca da cura”, lembrou Roger.
O universitário também passou a acreditar que possessões demoníacas não passavam de crises de ansiedade severa ou ataques epiléticos.
Entretanto, Roger se deparou com situações na faculdade em que não havia explicações científicas. “Eu tive algumas experiências com Deus. Ele me mostrou de forma bem prática, no dia a dia, a mão dele em situações que não havia explicações para o que acontecia”, disse ele.
Porém, o estudante se formou em Medicina ainda não crendo no poder de cura do Senhor. Até que, durante a residência de sua especialização em um pronto Socorro, Roger testemunhou um milagre com seus próprios olhos.
Paciente desenganado
O médico tratou um paciente que ficou em coma profundo após ter um AVC hemorrágico muito grave.
A equipe médica suspeitou que o homem já havia sofrido uma morte encefálica – onde apenas o coração bate, mas o cérebro já está morto.
Então, Roger e seu superior foram conversar com a família sobre a possibilidade de abrir um protocolo para atestar morte cerebral, e doar os órgãos ou desligar os aparelhos.
“Ele vai sair do hospital andando”
A esposa do homem, uma mulher cristã, respondeu: “Doutores, eu respeito muito o conhecimento dos senhores, mas não vou aceitar essa abertura de protocolo porque ele não vai morrer, ele vai viver. Eu estava numa campanha de oração na minha igreja, e Deus falou em uma profecia que ele vai sair do hospital andando”.
O médico superior não gostou da resposta e saiu furioso, enquanto Roger continuou conversando com a mulher. Ele explicou que o quadro do seu esposo era grave e tinha poucas chances de sobrevivência, e por isso, abririam um protocolo.
“Podem fazer o que os senhores quiserem, porque vai acontecer, Deus falou que vai acontecer”, disse a cristã à Roger.
Durante vários dias, os médicos tentaram abrir o protocolo de morte encefálica, porém o cérebro do paciente sempre mostrava sinais de atividade nos exames, impedindo que o protocolo fosse concluído.
O poder da oração
Certo dia, o pastor e irmãos da igreja do homem foram orar por ele. “Eu fiquei olhando, pensando: ‘Quero ver se isso vai acontecer mesmo’”, confessou Roger.
Com o passar do tempo, o quadro do paciente foi apresentando melhoras. Ele abriu os olhos, surpreendendo a todos.
“Foi passando os dias, ele abriu os olhos, mexeu um braço, ele ia melhorando. Até um dia que ele já estava consciente, interagia”, afirmou o médico.
O homem recebeu alta e foi para a enfermaria passar pela reabilitação. Ele voltou a falar e a comer. E Roger acompanhou toda a sua evolução.
“Ele acordou milagrosamente e teve alta do hospital andando. Foi um milagre incontestável, não tinha como dizer que não era uma milagre de Deus”, testemunhou o médico.
Deus trabalhou no coração de Roger, ele teve sua fé reavivada e voltou para Jesus, após presenciar muitas curas sobrenaturais.
“Hoje, eu não tenho mais nenhum conflito entre a medicina e a fé. Eu acho que o fato de poder fazer a medicina por si só já é um milagre. Todos os dias vemos um caso, em que não temos mais recursos, mas que Deus faz um milagre”, assegurou o médico cristão.
“Hoje, quando eu piso no hospital eu já faço uma oração, peço para que Deus abençoe o dia, oro pelos meus pacientes”, concluiu.