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Mafabi era novo convertido, mas participava de debates sobre islamismo e cristianismo por conhecer o Alcorão e a Bíblia.
Ahamada Mafabi, de 37 anos, estava voltando de um debate em Nakaloke, distrito de Sironko, perto de Mbale, em Uganda, quando duas motocicletas se aproximaram com homens gritando o slogan jihadista — Allahu Akbar, Alá é maior.
Os criminosos muçulmanos cortaram o pescoço do cristão com uma faca e o deixaram morto no meio do caminho, no dia 2 de janeiro. Mafabi deixou esposa e quatro filhos com idades entre 3 e 14 anos.
O debate entre cristianismo e islamismo, que aconteceu antes da morte de Mafabi, é costumeiro na região, mas os muçulmanos ficam irados quando algumas pessoas deixam o islã para seguir a Cristo.
13 muçulmanos aceitaram Jesus
Na ocasião em que Mafabi estava debatendo sobre religião e apresentando o Evangelho aos participantes, 13 muçulmanos aceitaram Jesus como Salvador, de acordo com o Morning Star News.
O pastor de Mafabi, que preferiu não se identificar por motivos de segurança, comentou: “Os muçulmanos responderam abertamente ao receber a Cristo. Houve gritos dos muçulmanos exigindo que Mafabi deixasse o local da reunião”.
Ele também esclareceu que os muçulmanos pediram a Mafabi para não blasfemar igualando Issa [Jesus] a Deus, chamando-o de Filho de Deus.
Sobre o ataque
Ao término do debate, o pastor disse que percebeu a hostilidade daqueles muçulmanos e por isso designou dois cristãos para escoltar Mafabi até sua casa, no distrito de Butaleja.
Um deles viu quando as motocicletas com os quatro homens se aproximaram para atacar Mafabi.
“Eles derrubaram nossas motocicletas com um objeto de metal”, disse ao explicar que ele e o outro cristão que faziam a escolta tiveram que fugir para salvar suas vidas. “Os agressores o dominaram e cortaram seu pescoço com uma longa faca somali”, continuou.
Hostilidade e ameaças aos cristãos
Foi em 2020 que Mafabi deixou o islã para seguir a Cristo, após receber várias visitas do pastor de uma vila não revelada.
No início, Mafabi teve que se hospedar na casa dele para ser protegido dos muçulmanos que não concordaram com sua conversão. Mais tarde, a igreja alugou uma casa para ele em outro lugar.
Por conhecer o Alcorão e a Bíblia, Mafabi passou a ajudar o pastor nos debates cristão-muçulmanos, em meados de 2021.
Em apenas um ano, mais de 100 muçulmanos se converteram ao cristianismo. Por conta disso, Mafabi enfrentou forte hostilidade islâmica, escapando de quatro tentativas de assassinato.
O pastor também recebeu mensagens de texto ameaçadoras. Uma delas dizia: “Pare de levar nossos membros à sua igreja, sua vida está em risco”.
Pedido de oração
O pastor pediu oração pela viúva e os filhos de Mafabi e também expressou preocupação com o recém-construído centro de seu ministério para convertidos do Islã, onde eles são discipulados e treinados em habilidades profissionais para compensar a perda do emprego por causa de sua fé.
O crime contra Mafabi está sendo investigado a pedido do pastor, que fez uma denúncia à Polícia.
“Tenho alguns medos, mas isso faz parte da guerra espiritual que vem com a perseguição cristã, e estou pronto para enfrentá-la”, disse.
A constituição de Uganda e outras leis prevêem a liberdade religiosa, incluindo o direito de propagar a própria fé e converter-se de uma fé para outra. Mas, os muçulmanos que representam apenas 12% da população de Uganda, são obstinados e tentam dominar nas áreas orientais do país.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE MORNING STAR NEWS